Arqueológicas



Tactear a penumbra de Abril,
algures numa ilha vermelha onde a liberdade é total,
alimenta a ideia de evocar uma afluência desigual de libélulas,
única forma de percebermos a multidão das ervas.
E depois de encontrada a porta, sentindo a forte corrente nos pés,
sonhar a ilusão do azul para todos é mera quimera,
pois o leme, esse, perde-se no escuro,
onde as cartas de marear o progresso se encontram perdidas, aguardando
as necessárias escavações, sob as rochas cobertas de musgo e pétalas de cravíssimos desejos.

Comentários

Jorge A. S. disse…
Admirável texto. Se é teu faz-me o favor de tirar mais do alforge e considera-te amplamente felicitado. Se não é cumprimenta o autor por mim. Abraços.
h ventura disse…
ora viválma se apodera deste blogue, que ainda está com a roupagem do início, eu sou muito conservador no que respeita a mudanças de visual, não sou como tu que tens um belo signa scripta... Sim, jorge, o autor agradece. Em abril fico assim... , este ano fui a casa de um amigo a um concerto de uma banda criada lá em casa e arredores os "Route 86". Entre o jazz, blues e diria quase rock... Gostámos.