Com dor manganés - cobalto disúrico

 Um saurópode me cala o medo pois temo descer ao traulitério profundo. Sinto a tração da senda numa frecha molecular, mas opto pela vársea verdejante onde os rastejos ondulantes me aconchegam na flâmula, quotidiano banal que projetava o dia, mais uma vez perdido no incongruente cristal partido. Tic tac tic tac tic, tráz!

Que falta me fazem estas flâmulas, sem elas não arvoro nada de substancial importância, temo o infortúnio, fragmentos,  trapos, uma inexistência pueril e frágil, estilhaços do tempo perdido.  Porém,  desçendo firme os degraus ingremes, organizo a viagem impossível que me acolhe nas mágoas do mar infindo.  Terapia de viagem pelo quântico molecular? Não! Pés bem assentes no pão. Viragem ao centro da terra. reconsidero, retomo retrocedo. recupero. Tomo dois desses de cobalto e aguardo. Não tardará o lisúrico estado sob o efeito do manganés, assim ao jeito de estar sentado, neste seco fero e estéril banco. Amor ausente.

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