Mas que bela a paisagem mesmo quando bafejada pelo fumo dos incêncios...
Observo as superfícies das pedras primordiais, numa ruina que vai ser casa, um processo regenerativo, tal como o fogo sobre as ravinas.
Estou no Douro, para lá da Régua, junto a Barcos, que arde visivelmente, ao longe.
Sta Leocádia e o Tedo, pequeno rio de aldeia... tudo muito previsível.
Sou arquitecto neste território de pedreiros, verdadeiros escultores delineando montanhas ,
mas o meu sonho é construir uma catredral , junto ao Mondego, imaginando um Taj Mahal Lusitano só para ti, ou não fora já Sta Clara a Velha ...
Estou no Douro mas o que vejo e quero é o Mondego, percorrido pelas águas dos teus cabelos ruivos, cascata vertical que me refresca a longínqua memória da tua voz.
Por entre as fráguas removidas e as poeirentas e secas pedras, procuro a ordem refrescante de uma flor surpreendente, a tua flor, que deveras signifique o que és.
Apetecia-me estar aí, no Mondego, saboreando uma coca cola refrescante, e contigo falar de Barcos, uma aldeia mesmo aqui ao pé e onde o fogo, visivelmente, arde.
Regeneração das pedras e das vinhas...
Se elas podem, porque não pode um arquitecto regenerar um rio?
Eu passaria a ir a banhos, e com a minha mão subia ao Mondego,
desenhando nas tuas longas e generosas pernas,
possíveis permanências .
Lembro-me, a promessa que fiz um dia, a alguém que mais não vi, e que procuro incessantemente junto a um rio .
Não pode um arquitecto redesenhar catedrais?
Observo as superfícies das pedras primordiais, numa ruina que vai ser casa, um processo regenerativo, tal como o fogo sobre as ravinas.
Estou no Douro, para lá da Régua, junto a Barcos, que arde visivelmente, ao longe.
Sta Leocádia e o Tedo, pequeno rio de aldeia... tudo muito previsível.
Sou arquitecto neste território de pedreiros, verdadeiros escultores delineando montanhas ,
mas o meu sonho é construir uma catredral , junto ao Mondego, imaginando um Taj Mahal Lusitano só para ti, ou não fora já Sta Clara a Velha ...
Estou no Douro mas o que vejo e quero é o Mondego, percorrido pelas águas dos teus cabelos ruivos, cascata vertical que me refresca a longínqua memória da tua voz.
Por entre as fráguas removidas e as poeirentas e secas pedras, procuro a ordem refrescante de uma flor surpreendente, a tua flor, que deveras signifique o que és.
Apetecia-me estar aí, no Mondego, saboreando uma coca cola refrescante, e contigo falar de Barcos, uma aldeia mesmo aqui ao pé e onde o fogo, visivelmente, arde.
Regeneração das pedras e das vinhas...
Se elas podem, porque não pode um arquitecto regenerar um rio?
Eu passaria a ir a banhos, e com a minha mão subia ao Mondego,
desenhando nas tuas longas e generosas pernas,
possíveis permanências .
Lembro-me, a promessa que fiz um dia, a alguém que mais não vi, e que procuro incessantemente junto a um rio .
Não pode um arquitecto redesenhar catedrais?
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