"Envelhecer é ver morrer os amigos"

Não quero escrever o que não posso e não sei escrever o que quero.
Não quero escrever apenas isto e no entanto posso, e escrevo.
Porque escrevo da partida, perante a muralha de todos os cais profundos.
Nós que tantos sonhos de partidas e chegadas construimos, volteando no vento e na água, impossíveis manobras de acostagem, a bordo de um barco que nunca velejámos.
Agora, partes na Barca da irreversível travessia, derrota da mais incerta declinação, singrando nas ondas do implacável fim.
Partiste sem que o grande patrão te avaliasse atempadamente, nas manobras mais subtis da genoa, na tensão pura dos brandais, na descoberta mais do que perfeita de um rio.
Talvez o Vouga... com V de Vento.

A um amigo.

Comentários

Bruno Cunha disse…
Caros amigos, sou residente em Válega/Ovar e venho aqui falar de uma causa que julgo eu não estar perdida - A recuperação do Cine-Teatro de Ovar.
Recentemente foi criado um grupo no facebook denominado "Queremos de volta o Cine-Teatro de Ovar" a fim de alguém ver e dar um olhar a esta causa a fim de restaurar este grande espaço de Ovar.

Abraço
Cinema as my World