Na escura azuleante tormenta brilham os nenúfares
enquanto ao largo se aprontam as naus.
Os tesouros são embarcados, as pratas e as pedras e também as pretas,
serviçais de outras Heras.
Arrumam-se os mapas secretos, aprumos de felicidade tacteiam os fundos,
pesam-se as estrelas, mede-se a altura ao Sol.
Nada, nada voltará a ser como dantes, pois que se inventou a hélice
e um rodopiar constante substitui a progressão das velas,
que se apagam com a chuva.
Havemos, sim, de permanecer na celebração dos dias de agora
e construir com todos os dedos das eólicas
o presente do futuro.
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