OEDIPUS REX - A Obra Imoral

Inspirado pela lenda grega, Sófocles escreve um drama trágico helenístico que mais uma vez nos surpreende no futuro...

Cabeça - Santa Rita



Sendo que " O Complexo de Édipo mantem sua função de um organizador inconsciente durante toda a vida e forma um elo indissolúvel entre o Desejo e a Lei " poderemos verificar , no caso de Pintim de Costanette o nosso herói Luso coorrespondente, um grande paralelismo com todo aquele processo edipiano mal concluido na infância...
É que recentemente vem a público pela cabeça uma pitonisa expulsa do Olimpo das Antas, Cristalette de Sodium, um obra literária, ( a julgar pela Editora) onde esta nos conta como o nosso herói fazia o mal pensando que fazia o bem pois a causa era nobre, levar sempre o seu clube ás vitórias tão desejadas, alegria de muitos e bem-estar de muitos outros.
Esta obra , apesar do excesso de sal, será imortal ? Sim , mas não pelas melhores razões como a De sófocles, mas porque lembra que a atracção pelo sucesso, pela resolução dos problemas que nos impedem de alcançar a Vitória , a Glória, sejam eles oriundos de uma esfingie ameaçadora ou da vereação da Câmara de Gondomar ou de um qualquer outro senhor que se encontre na encruzilhada no sitio errado à hora errada... nos leva a um estado de hipnose-criminose.
Criminose que se desarma na alcova, como Sansão e Dalila ( mais uma vez os clássicos) , o segredo, a cegueira e a derrocada. Isto vai ser fatal e como já disse o oráculo MSTavares, o melhor é afastar Pintim de Costanette das colunas do palácio.
E como dizia alguém que já não lembro, não há mais nada de vertiginoso e espectacular do que a queda de um mito. ( ou seria pito?) Mas Pintim de Costalette também leu os clássicos...
De resto é divertirmo-nos chorando, tal como os Gregos da antiguidade, tentando entender e perceber se isto é tudo predestinado ou se ainda de facto poderemos interferir no nosso caminhar de todos os dias, agindo em nome da harmonia.
Tendo em conta os resultados de futebol de Portugal-Gécia do Euro-04, onde o nosso herói ofereceu um ramo de galhos embrulhado em lã na capela de Cedofeita para que os gregos levassem a melhor, pois resta-me dizer que ainda somos aprendizes de feiticeiros nestas coisas dos oráculos, e dado o atrazo de milhares de anos que levamos em relação à Grécia, o melhor é pensar noutra coisa. Mas sendo este um período histórico mediáticomnipotente como evitá-lo? Lendo os clássicos. E deste modo passamos a outro complexo, o de Sísifo.
Mas não queria terminar estes quadros de banda desenhada antes de colocar uma questão que nos aflige concerteza, A gerra homem-mulher. De partilhas e paixão, de mergulho e de separação, princípio-meio-fim, de amor e ódio, coexistência de tudo num conjunto de apenas dois, por vezes um. Nada de novo, mas sempre por perto.
Curioso no entanto é que nestas guerras a sério, o poder masculino acaba sempre enfraquecido, e em troca a mulher sai em força, mas sempre com má reputação. Parece que aos homens resta uma força moral, uma espécie de pacto social, em que todos condenam quem vem a público expôr o que na intimidade se diz ou faz, e sendo mulher está tramada, das mulheres fica sempre uma ideia negativa, as más da fita, as traidoras. Basta percorrermos as padarias hà hora do pão e ouvir os comentários femininos arrasadores para com Cristalete de Sodium. Este aspecto é o que mais me fascina por agora.
Recordo aqui MECardoso numa notavel entrevista há dias, ..." You go your way, I`ll go your way too". O que as mulheres gostam.

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