O CONFRONTO E O CONFORTO.

e lá iam os dois, o conforto bem instalado, torneando as pedras , e o confronto surpreendendo e fazendo surgir cada vez mais pedras no caminho.
Rem Koolas demorou aí uns bons nove anos até conseguir fazer aprovar a casa nos arredores de paris o que o tornaria famoso. aquela casa com piscina no terraço a apontar a torre eifel, e revestida a chapa ondulada numa envolvente de casas ecléticas de ricos parisienses. Nove anos, mais outros tempos. Depois, ficou famoso, porque tem talento. Mas o que quero dizer é que o confronto resulta, em meios civilizados faz até jurisprudência, e as soluções controversas e rejeitadas pelo institucional e apático poder instalado, passam depois a pertencer ao universo das referências. das boas referências muitas das vezes. Mas isto foi em paris, frança.
Nos pequenos meios, o confronto passa sem que se dê por isso, para o campo da ofensa , alimentado por uma série de rasteiras mentalidades que nos burburinhos dos meandros palacianos vão inquinando os protagonistas do poder e nunca mais se abrem as possibilidades. Estes factos marcam o evoluir, e apesar de um envólucro de ar acetinado de clarividência, o poder não deixa de ser poder e na decisão política não se liberta destas rasteiras.
Em ovar, inicia-se agora um novo ciclo de poder. Um poder legitimado por eleições democráticas, intocável por isso na sua legitimidade.
mas, tenhamos em consideração os números. Os verdadeiros números de pessoas que se movimentam no nosso território de ovar. são uns largos milhares, desde velhos a crianças, que também são pessoas e que não têm voto na matéria. mais aqueles imensos adolescentes que ainda não têm permissão para votar, apesar de já não serem crianças, e ainda aqueles que não votam. este universo é muita gente. se comparado com aquele outro o universo dos votos que legitimaram os protagonistas do poder, a diferença é enorme. de uns escassos milhares. Realidades que devem sempre ser lembradas pois o poder mesmo que legítimo, é relativo, e a sua acção quase sempre é absoluta.

Em paris e outras cidades de frança tem havido muito burburinho. Nunca ninguém falou no direito de voto daqueles adolescentes, que eu saiba. Nem eles talvez se tenham lembrado de reinvidicar esse direito. E se eles votassem? Eu penso que a idade do voto deveria ser aos catorze, ou aos quinze ou aos treze... porquê apenas aos dezoito, dado o crescimento intelectual que verificamos nessas faixas etárias?

temos ainda uma democracia á moda da grécia antiga, quem vota é o povo, mas o povo são apenas este reduzido número de pessoas...

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