Defenitivamente arrumei meus pensares políticos em relação ás autarquicas, em Ovar.
Miguel Viegas surpreendeu-me pela positiva.
Manuel Oliveira defendeu-se bem. Alvaro Santos pareceu-me espartilhado pela ansiedade de ganhar. Faltaram-lhe argumentos para se desligar da desastrosa porque inexistente política do PSD enquanto oposição. Sim porque o PSD é muito coresponsável pelas andanças do Concelho nestes ultimos anos. Não soube atacar nos pontos vulneráveis o PS, diga-se Oliveira, que vestiu postura de Estado, desligando-se elegantemente de Armando, e armando postura digna nos últimos seis meses. O pior são as omissões e as oportunidades perdidas, nomeadamente ao nível da educação, Aveiro Norte... ( ninguém falou disto, então e a célebre Universidade?)
Mas utilizou bons argumentos, demonstrando que é diferente do nosso deputado ausente. Esta ausência será para manter durante a campanha? estou a ver que sim, ou haverá mudança de estratégia? Se tal acontecer será somente porque sondagens ditarão obvia vitória do PS., o que será muito difícil de prever.
A Alvaro Santos parece que lhe faltou fôlego, talvez tenha ouvido conselhos a mais, os temas da mudança seriam tantos que na hora de os expôr faltou a síntese acutilante, a segurança do assunto dominado, aspectos que emViegas fluiram naturalmente, fruto da cultura política cuja escola é bem conhecida. Embora tenha ambição, como A. Santos, não se dá muito por ela...
Os melhores ataques a Oliveira vieram de quem só sabe atirar pedras, o BE. Os independentes pelo concelho demonstraram dose elevada de demagogia, eles falam, falam... e não dominam nenhum aspecto de estratégia futura.... Falou de moínhos aquela senhora, ora vejam lá...
O CDS, Fernando Almeida, (o "Camelo" não ajuda...) mostrou não pertencer ao campeonato da primeira liga, assumindo demasiado claramente isso mesmo. Embora tenha falado, no fim, de coisas concretas, o Carnaval o Cinema, o Areínho, só lhe faltou explicar o que faria com o "cinema". Quem fez a diferença foi Viegas, no meu entender.
Argumentos claros. Etratégia discursiva fundamentada em números e um conhecimento profundo do Concelho. Elegante, educado, soube atacar nos momentos certos aproveitando os erros dos adversários. Poderia ter ido mais longe no desmascarar da ausência de estratégia para Ovar, que foi o aspecto mais gritante demonstrado pelo candidato do BE. José Lopes teve a "lata" de falar de solidariedade, quando deveria olhar para dentro do seu grupo e, com uma candeia, tentar procurar isso mesmo.
O resultado final continua impreciso, embora eu já tenha uma ideia de quem irá ganhar, espero que sem maioria absoluta. O que obrigaria o vencedor a fazer das tripas coração e aí é que se veria a verdadeira estaleca democrática do futuro presidente. O que faltava a Armamdo França e possivelmente continua a faltar é precisamente isso. Cultura democrática. Como será em Oliveira ou A. Santos? Qual dos dois manifesta um maior grau de cultura democrática? A ver pelos nomes, Raimundo Rodrigues colocado a encabeçar a lista da Comissão de Honra de Alvaro Santos, inibe qualquer democrata...
Devo confessar que a alternância de poder será um dos aspectos mais refrescantes em democracia, por isso não basta apenas dizer que vamos mudar, é preciso convencer que a mudança será mesmo de políticas e de prioridades e de metodologias... e não apenas de pessoas.
De realçar que o único que falou de reformas no sistema autárquico foi Fernado Almeida. Nota muito positiva, pois quem aspira o poder não poderá nunca beliscar a enorme "nomenclatura" que reside na Praça da República, fonte reacionária de qualquer mudança radical.
E foi assim que vi aquela já longínqua noite de Setembro, sob o desenho de Januário Godinho de Almeida, sempre presente no meu olhar.
(In) contornável esta força da arquitectura ?
Saber olhar a arquitectura é uma grande escola para saber olhar as pessoas. Nada substitui um olhar e um falar, presencial...
Espero que os próximos governantes saibam falar e olhar as pessoas e não ouvir apenas o que se diz. Este aspecto irrisório é essencial para a governação. . .
Miguel Viegas surpreendeu-me pela positiva.
Manuel Oliveira defendeu-se bem. Alvaro Santos pareceu-me espartilhado pela ansiedade de ganhar. Faltaram-lhe argumentos para se desligar da desastrosa porque inexistente política do PSD enquanto oposição. Sim porque o PSD é muito coresponsável pelas andanças do Concelho nestes ultimos anos. Não soube atacar nos pontos vulneráveis o PS, diga-se Oliveira, que vestiu postura de Estado, desligando-se elegantemente de Armando, e armando postura digna nos últimos seis meses. O pior são as omissões e as oportunidades perdidas, nomeadamente ao nível da educação, Aveiro Norte... ( ninguém falou disto, então e a célebre Universidade?)
Mas utilizou bons argumentos, demonstrando que é diferente do nosso deputado ausente. Esta ausência será para manter durante a campanha? estou a ver que sim, ou haverá mudança de estratégia? Se tal acontecer será somente porque sondagens ditarão obvia vitória do PS., o que será muito difícil de prever.
A Alvaro Santos parece que lhe faltou fôlego, talvez tenha ouvido conselhos a mais, os temas da mudança seriam tantos que na hora de os expôr faltou a síntese acutilante, a segurança do assunto dominado, aspectos que emViegas fluiram naturalmente, fruto da cultura política cuja escola é bem conhecida. Embora tenha ambição, como A. Santos, não se dá muito por ela...
Os melhores ataques a Oliveira vieram de quem só sabe atirar pedras, o BE. Os independentes pelo concelho demonstraram dose elevada de demagogia, eles falam, falam... e não dominam nenhum aspecto de estratégia futura.... Falou de moínhos aquela senhora, ora vejam lá...
O CDS, Fernando Almeida, (o "Camelo" não ajuda...) mostrou não pertencer ao campeonato da primeira liga, assumindo demasiado claramente isso mesmo. Embora tenha falado, no fim, de coisas concretas, o Carnaval o Cinema, o Areínho, só lhe faltou explicar o que faria com o "cinema". Quem fez a diferença foi Viegas, no meu entender.
Argumentos claros. Etratégia discursiva fundamentada em números e um conhecimento profundo do Concelho. Elegante, educado, soube atacar nos momentos certos aproveitando os erros dos adversários. Poderia ter ido mais longe no desmascarar da ausência de estratégia para Ovar, que foi o aspecto mais gritante demonstrado pelo candidato do BE. José Lopes teve a "lata" de falar de solidariedade, quando deveria olhar para dentro do seu grupo e, com uma candeia, tentar procurar isso mesmo.
O resultado final continua impreciso, embora eu já tenha uma ideia de quem irá ganhar, espero que sem maioria absoluta. O que obrigaria o vencedor a fazer das tripas coração e aí é que se veria a verdadeira estaleca democrática do futuro presidente. O que faltava a Armamdo França e possivelmente continua a faltar é precisamente isso. Cultura democrática. Como será em Oliveira ou A. Santos? Qual dos dois manifesta um maior grau de cultura democrática? A ver pelos nomes, Raimundo Rodrigues colocado a encabeçar a lista da Comissão de Honra de Alvaro Santos, inibe qualquer democrata...
Devo confessar que a alternância de poder será um dos aspectos mais refrescantes em democracia, por isso não basta apenas dizer que vamos mudar, é preciso convencer que a mudança será mesmo de políticas e de prioridades e de metodologias... e não apenas de pessoas.
De realçar que o único que falou de reformas no sistema autárquico foi Fernado Almeida. Nota muito positiva, pois quem aspira o poder não poderá nunca beliscar a enorme "nomenclatura" que reside na Praça da República, fonte reacionária de qualquer mudança radical.
E foi assim que vi aquela já longínqua noite de Setembro, sob o desenho de Januário Godinho de Almeida, sempre presente no meu olhar.
(In) contornável esta força da arquitectura ?
Saber olhar a arquitectura é uma grande escola para saber olhar as pessoas. Nada substitui um olhar e um falar, presencial...
Espero que os próximos governantes saibam falar e olhar as pessoas e não ouvir apenas o que se diz. Este aspecto irrisório é essencial para a governação. . .
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