Levantei-me "cedo" porque me telefonou meu tio Manuel. Enquanto atendia o telefonema estava a passar na televisão o funeral do Papa. Em frente a S. Pedro estava o mundo. Mas o que me impressionou foi a urna que transportava o corpo de João Paulo II. A extrema simplicidade da forma, a madeira no seu estado natural. Parecia-me cedro mas depois veio a explicação. Era cipreste. Esta madeira tem muito de simbólico, para além de se adequar ao fim em causa. Pensa-se que a cruz que suportou e foi suportada por Cristo era em cipreste. Van Gogh tinha uma especial admiração por ciprestes. Mas o simbolismo que o cipreste encerra e que se foi sedimentando ao longo da história é muito significativo. A escolha desta madeira e desta urna está carregadíssima de significados.
A propósito de madeiras, já há dias aqui falei de uns móveis que ando a desenhar para uns amigos. Escolhi cedro para a sua execução. Só que temos um problema, não há cedro no mercado. Apenas encontrei cedro num lote de uma velha serração, já desmantelada. E o cedro, também como o cipreste, tem uma carga simbólica considerável. É muito utilizado em estatuária, é utilizado na construção de barcos e foi a madeira utilizada na construção do templo de salomão. É uma arvore emblemática e transporta consigo, tal como o cipreste, um mundo de significações e de simbolismos, ligados inclusivamente a sociedades "secretas".
O líbano tem o cedro como símbolo máximo. O jardim do Principe Real, em Lisboa, tem lá um cedro... E descobri que todas as significações em torno do cedro se apropriam ao móvel que estou a desenhar.
Curioso tambem, é que há dias na minha viagem a Lisboa, passei no Jardim do Príncepe Real e as árvores fascinaram-me. Falei delas e constatei que só conseguia identificar uma ou duas...
Dissimuladamente, também aqui falei de uma sociedade que protegesse as coisas náuticas e eis que descubro a maçonaria da madeira... a Carbonária. O nosso séc. XIX ainda está muito por descobrir.
Como sou ignorante.
Isto por causa da última lição de João Paulo II.
( o título do Post é o titulo de um blog... mas basta ir ao google e escrever Cedro ou Cipreste e depois escolher bem.)
A propósito de madeiras, já há dias aqui falei de uns móveis que ando a desenhar para uns amigos. Escolhi cedro para a sua execução. Só que temos um problema, não há cedro no mercado. Apenas encontrei cedro num lote de uma velha serração, já desmantelada. E o cedro, também como o cipreste, tem uma carga simbólica considerável. É muito utilizado em estatuária, é utilizado na construção de barcos e foi a madeira utilizada na construção do templo de salomão. É uma arvore emblemática e transporta consigo, tal como o cipreste, um mundo de significações e de simbolismos, ligados inclusivamente a sociedades "secretas".
O líbano tem o cedro como símbolo máximo. O jardim do Principe Real, em Lisboa, tem lá um cedro... E descobri que todas as significações em torno do cedro se apropriam ao móvel que estou a desenhar.
Curioso tambem, é que há dias na minha viagem a Lisboa, passei no Jardim do Príncepe Real e as árvores fascinaram-me. Falei delas e constatei que só conseguia identificar uma ou duas...
Dissimuladamente, também aqui falei de uma sociedade que protegesse as coisas náuticas e eis que descubro a maçonaria da madeira... a Carbonária. O nosso séc. XIX ainda está muito por descobrir.
Como sou ignorante.
Isto por causa da última lição de João Paulo II.
( o título do Post é o titulo de um blog... mas basta ir ao google e escrever Cedro ou Cipreste e depois escolher bem.)
Comentários