É que ontem deixei aqui um post com este título mas os bit-maps recusaram-no por ser grande. Depois perdeu-se, sabe-se lá onde anda. Talvez no futuro inventem umas sondas especiais que perscutam os bitmaps perdidos em montes de velhas carcaças de hardwares e softweres atirados para o espaço, então o único sítio com espaço.
Falava eu ontem do Mar e da ausência do mar no programa de Governo, falha observada e dita publicamente por Mário Soares. Isto vindo de um socialista com os pergaminhos de Soares até tem graça...
Porque é que os socialistas não se dão lá muito bem com o mar?
Será porque aquelas facções socialistas que vêm recrutadas no pós 25 de Abril, da direita expectante por ocupar o lugar caciqueiro de província, sim porque as pessoas agarram-se ao poder até ao fim mas o fim é certo, certíssimo, e alguém tem que os substituir, era esta a lógica da aspiração ao poder no antes de 25, e então estas potenciais famílias, recusadas que eram pelos partidos mais á direita que evitavam o excesso de conotações com o antigamente, pois eram conhecidos como fascistas e isso era a pior coisa que se poderia chamar a uma pessoa, podem crer. Então o PS dizia eu com dificuldades de recrutamento, entalado entre PC, MDP, MES, e toda a miríade de estrelas vermelhas, trotsquistas, maoistas, leninistas, espinhas atravessadas em gargantas de muitos, que hoje ainda não conseguem perceber como é que tudo se passou tão de repente, saltitando de estrela em estrela até...
O PS dizia eu aceitava estes erráticos jovens de famílias consideráveis, mas tinham que fazer assim uma espécie de declaração tipo, "Fascismo Nunca Mais" de punho bem erguido, e pronto.
Desta fervilhante realidade estigmatiza-se tudo o que se relaciona com esta imensa coisa flutuabilizante, esquisita de humores, ora manso ora bravo, por vezes azul outras verde e outras espumante, promovendo olhares vagos rumo ao infinito, esperando velas que não chegam, O Mar.
O mar os descobrimentos, novas riquezas, colonialismo, imperialismo, passado nostálgico não tanto heróico assim, tudo muito misturado com a igreja, regatas e famílias reais, este mar não encaixava lá muito bem na esquerda oriunda de republicanos carbonários. Falta aos mareantes nautas uma sociedade assim tipo "Amor e Patria", " Calafates e navegantes" que para além de uns folclores ritualizantes coloque a questão do Mar um pouco mais além. Porque, se tanta coisa se colocou na gaveta, porque não ir lá de novo, sim porque ela existe, a ideologia, é pegar gentilmente no Marx e retirar-lhe o X. temos assim, sem dor, o regresso ao Mar, por via da esquerda, como será estruturalmente necessário.
É que o Mar como se sabe, é subversivo, má companhia para um Portugal que se quer mais do que nunca sério e rigoroso, racional, reformador, eficaz, arrumadinho.
Mas se o mar é prazer, é sonho, é reflexo é passeio é mergulho é fresco é bom e é belo, se assim é, ele é muito rico, e então não poderemos ignorá-lo e por isso temos que avisar o PS, diga-se Governo, enquanto é tempo pois está tudo ainda a caminho do adro.
E autoridade moral neste momento é coisa que não nos falta...
Embora não tão lúcido e equidistante como o de ontem, onde falava por exemplo de como o mar estava bem colocado na estratégia de antigo governo... voltei aos postes, isto é á comunicação ainda com fios.
Hoje até pode parecer que não gosto de velejar, mas gosto, aprendi a velejar num barco de um velho comunista...
Falava eu ontem do Mar e da ausência do mar no programa de Governo, falha observada e dita publicamente por Mário Soares. Isto vindo de um socialista com os pergaminhos de Soares até tem graça...
Porque é que os socialistas não se dão lá muito bem com o mar?
Será porque aquelas facções socialistas que vêm recrutadas no pós 25 de Abril, da direita expectante por ocupar o lugar caciqueiro de província, sim porque as pessoas agarram-se ao poder até ao fim mas o fim é certo, certíssimo, e alguém tem que os substituir, era esta a lógica da aspiração ao poder no antes de 25, e então estas potenciais famílias, recusadas que eram pelos partidos mais á direita que evitavam o excesso de conotações com o antigamente, pois eram conhecidos como fascistas e isso era a pior coisa que se poderia chamar a uma pessoa, podem crer. Então o PS dizia eu com dificuldades de recrutamento, entalado entre PC, MDP, MES, e toda a miríade de estrelas vermelhas, trotsquistas, maoistas, leninistas, espinhas atravessadas em gargantas de muitos, que hoje ainda não conseguem perceber como é que tudo se passou tão de repente, saltitando de estrela em estrela até...
O PS dizia eu aceitava estes erráticos jovens de famílias consideráveis, mas tinham que fazer assim uma espécie de declaração tipo, "Fascismo Nunca Mais" de punho bem erguido, e pronto.
Desta fervilhante realidade estigmatiza-se tudo o que se relaciona com esta imensa coisa flutuabilizante, esquisita de humores, ora manso ora bravo, por vezes azul outras verde e outras espumante, promovendo olhares vagos rumo ao infinito, esperando velas que não chegam, O Mar.
O mar os descobrimentos, novas riquezas, colonialismo, imperialismo, passado nostálgico não tanto heróico assim, tudo muito misturado com a igreja, regatas e famílias reais, este mar não encaixava lá muito bem na esquerda oriunda de republicanos carbonários. Falta aos mareantes nautas uma sociedade assim tipo "Amor e Patria", " Calafates e navegantes" que para além de uns folclores ritualizantes coloque a questão do Mar um pouco mais além. Porque, se tanta coisa se colocou na gaveta, porque não ir lá de novo, sim porque ela existe, a ideologia, é pegar gentilmente no Marx e retirar-lhe o X. temos assim, sem dor, o regresso ao Mar, por via da esquerda, como será estruturalmente necessário.
É que o Mar como se sabe, é subversivo, má companhia para um Portugal que se quer mais do que nunca sério e rigoroso, racional, reformador, eficaz, arrumadinho.
Mas se o mar é prazer, é sonho, é reflexo é passeio é mergulho é fresco é bom e é belo, se assim é, ele é muito rico, e então não poderemos ignorá-lo e por isso temos que avisar o PS, diga-se Governo, enquanto é tempo pois está tudo ainda a caminho do adro.
E autoridade moral neste momento é coisa que não nos falta...
Embora não tão lúcido e equidistante como o de ontem, onde falava por exemplo de como o mar estava bem colocado na estratégia de antigo governo... voltei aos postes, isto é á comunicação ainda com fios.
Hoje até pode parecer que não gosto de velejar, mas gosto, aprendi a velejar num barco de um velho comunista...
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