A explicação das coisas

Sobre um texto do padre António Vieira, no "Abrupto".

As leituras da realidade que não existe são uma das muitas formas de fazer a realidade. Ler o futuro é apenas uma tentativa entre muitas de condicionar essas leituras, interferindo na realidade futura apenas na medida em que fazemos delas mais ou menos determinantes realidades. O futuro é o que dele fizermos no presente, e superstições ou leituras de astros ou outras, servem-me apenas para tentar perceber as pessoas que por ali passam o seu tempo.
O que escrevo em forma de criação visionária de um mundo paralelo, -( "Shuiten and Petters") - entre muitos outros que existem em cada um de nós é pura ficção, temperada aqui e ali por eventos de uma realidade próxima, do quotidiano, ou de leituras de contextos históricos, mais ou menos precisos como são sempre os contextos históricos...
Mas uma coisa vos garanto, procuro sempre que escrevo, colocar-me do lado da razão. Do lado da consciência plena do que nos rodeia, colhendo na inesgotável fonte que é a realidade os motivos, o colorido e o alento para mais uma reflexão, mais uma história mais um evento transfigurante do real e que já é realidade. Atraem-me esses territórios de mundos paralelos que explicam os nossos "dejá-vu", tão verdadeiros e inexplicáveis. Alice, o espelho, e tantas tantas outras histórias que nos modificam. Pura ficção é certo. Um dia vou tentar fazer banda desenhada com estas histórias, dando-lhes uma vida diferente.
Entretanto vou desenhando .... "As simple as that".

" Cada Homem cada Mundo", "I thing I am",- because you are.

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