1959

Estou a pensar se hei-de ficar ou partir,
nesta indecisa ponte entre o cascalho da seca margem a estibordo, ou o lodo movediço da beira rio a bombordo.
No meio está o paraíso.
"Le paradis" o espaço onde o tempo se esquece e as maçãs não existem sem as serpentes. O lugar dos anjos, mediáticos entre o sublime Deus e as pedras, segundo Ed. Lourenço, o meu herói das letras, depois de Agostinho da Silva o meu herói das palavras. E mal os conheço.
Hoje fiz anos. E entre a faina maior e o cinema , previro a faina amor. Embora amor se diga a pouco e pouco , talvez por causa daquela história das maçãs e das serpentes. Ainda há quem diga que preferia o paraíso...
Vou ter portanto que optar e opto por partir. O jantar está á espera.

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