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Para regressar á cadeira do estirador (ou será computador?) tenho na mente ainda uma cena comovente que me traz ausente no estira - dor, que é aquela jovem pequena, de olhar profundo com óculos rectangulares pretos, ligeiramente caídos sobre o nariz, que nos serve o café ali ao lado, e que ao contrário de outras, em que se vê o cheiro a sexo, esta tem o aroma da sedução algo marota, que não esquece, (a outra também não), mas esta não sei, faz mesmo lembrar aquela apresentadora da SIC de óculos iguais, loira, e que estava sempre a piscar os olhos como que a dizer - então quando é que nos conhecemos... - e as notícias, enfim é como o café toma-se ali mais por causa das pequenas.
Ia eu dizendo que aquela interessante pequena estava hoje provocantemente vestida, o que não é normal nela, o decote (como são belas...) , a inexplicavel ausência dos óculos, o ar preocupado, conversando com a colega de trabalho, (a do cheiro que não se sente), á porta do café, que lhe explicava qualquer coisa, não sei o quê, entrei no café, uma nova moça fazia ali a sua presença, pensei, na metamorfose daquela situação, uma senhora sentada ao lado , entram também as duas conversantes, sentam-se ao lado da senhora, que também está alterada inquieta, é mãe, falam, eu tento mergulhar na leitura do público e é ali que leio da bienal de arquitectura de veneza, onde a presença portuguesa procura as medalhas, a delegação é forte, estamos em forma. Vamos mostrar-lhes que a arte de ser português passa pela Escola de Arquitectos do Porto e por aqueles que lá fora estagiam com grandes nomes, e depois por cá vão exercendo, e bem, o ofício, a julgar pelas imagens...
Metamorfose é o tema da bienal, onde pontua o crítico suíço que tem nome de arquitecto, Mayer, que aposta na metamorfose e onde se lê que o sítio já não será o que determina mas sim o determinado pela obra de arquitectura, claro, depois de ela estar lá porque antes também já era sítio, mas não é isso que me afligue o que me aflige é que quando saí do café lá estava ela a pequena encostada á parede discretamente, chorava, e eu, metamorfose, pensei. Isto sob a arcada, ( ou será melhor dizer pilarada) junto ao vidro, no passeio que dá acesso ao café onde se sobem uns degraus e onde os dramas humanos ocorrem sob um tecto de gesso cartonado, vidros escuros nas paredes, cadeiras de tecido aveludado, tudo muito pesado, e intimista...
Metamorfose pensei, entre a última vez que a vi e agora... Como poderemos estar ausentes da relação entre o meio ecológico e as pessoas... è isto tambem arquitectura.
O que me leva de regresso ao trabalho e não vos digo o que me aconteceu logo na primeira semana, ainda estou a digerir...
Como parecem já longíncuos aqueles sargos dos Açores...
Para regressar á cadeira do estirador (ou será computador?) tenho na mente ainda uma cena comovente que me traz ausente no estira - dor, que é aquela jovem pequena, de olhar profundo com óculos rectangulares pretos, ligeiramente caídos sobre o nariz, que nos serve o café ali ao lado, e que ao contrário de outras, em que se vê o cheiro a sexo, esta tem o aroma da sedução algo marota, que não esquece, (a outra também não), mas esta não sei, faz mesmo lembrar aquela apresentadora da SIC de óculos iguais, loira, e que estava sempre a piscar os olhos como que a dizer - então quando é que nos conhecemos... - e as notícias, enfim é como o café toma-se ali mais por causa das pequenas.
Ia eu dizendo que aquela interessante pequena estava hoje provocantemente vestida, o que não é normal nela, o decote (como são belas...) , a inexplicavel ausência dos óculos, o ar preocupado, conversando com a colega de trabalho, (a do cheiro que não se sente), á porta do café, que lhe explicava qualquer coisa, não sei o quê, entrei no café, uma nova moça fazia ali a sua presença, pensei, na metamorfose daquela situação, uma senhora sentada ao lado , entram também as duas conversantes, sentam-se ao lado da senhora, que também está alterada inquieta, é mãe, falam, eu tento mergulhar na leitura do público e é ali que leio da bienal de arquitectura de veneza, onde a presença portuguesa procura as medalhas, a delegação é forte, estamos em forma. Vamos mostrar-lhes que a arte de ser português passa pela Escola de Arquitectos do Porto e por aqueles que lá fora estagiam com grandes nomes, e depois por cá vão exercendo, e bem, o ofício, a julgar pelas imagens...
Metamorfose é o tema da bienal, onde pontua o crítico suíço que tem nome de arquitecto, Mayer, que aposta na metamorfose e onde se lê que o sítio já não será o que determina mas sim o determinado pela obra de arquitectura, claro, depois de ela estar lá porque antes também já era sítio, mas não é isso que me afligue o que me aflige é que quando saí do café lá estava ela a pequena encostada á parede discretamente, chorava, e eu, metamorfose, pensei. Isto sob a arcada, ( ou será melhor dizer pilarada) junto ao vidro, no passeio que dá acesso ao café onde se sobem uns degraus e onde os dramas humanos ocorrem sob um tecto de gesso cartonado, vidros escuros nas paredes, cadeiras de tecido aveludado, tudo muito pesado, e intimista...
Metamorfose pensei, entre a última vez que a vi e agora... Como poderemos estar ausentes da relação entre o meio ecológico e as pessoas... è isto tambem arquitectura.
O que me leva de regresso ao trabalho e não vos digo o que me aconteceu logo na primeira semana, ainda estou a digerir...
Como parecem já longíncuos aqueles sargos dos Açores...
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