As razões de um Luso (VI)

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O Fado

Como se pode facilmente verificar se trocarmos os ós pelos as podemos com relativa facilidade transferir muitas das nossas frustrações para a foda.

Porque foi isso mesmo que me apeteceu dizer alto e bom som ( + um -se), quando o "Lusitânia" ( o hidroplano, lembram-se?), fez aquela manobra fantástica para salvar Gago Coutinho de cair desamparado em pleno Oceano.
Ora na altura estava a ser tratada no Olimpo Helvético aquela decisão que iria finalmente trazer uma armada digna desse nome a Portugal, em pleno séc. XXI. Era a Taça América, liderada por um sindicato de um país que não tem Mar, horror dos horrores, os Deuses estão loucos. Neste contexto era difícil a Portugal ganhar a tal armada de veleiros novos.
Mas tenhamos fé. As regatas ainda não começaram. É que o lusitânia levava a bordo um projecto ultra secreto que iria revolucionar a vela de competição. Tratava-se do projecto de um protótipo destinado a trazer para Portugal a Vitória na célebre competição com um barco ultra rápido. Ora aquele looping fizera cair o projecto ao Mar. O encontro com o Gama tornava-se por isso desprovido de sentido, e os segredos guardados por Bartolomeu de Gusmão e que faziam a passarola levitar também estavam comprometidos, pois ia-se perder o "Link" histórico...

Voltemos pois ao Atlântico Sul, que nunca nos deixou ficar mal...

Sacadura: (acordando finalmente e ainda tonto) - Gago! Gago! É agora!, os suíssos...
Gago: -Eu sei! Eeeeu, sei! É agora! Temos de pôr o Plano em Marcha...onde estão os planos?
S: - Aí , debaixo do assento...
G: - Aqui?, Ne, nem me, me digas...
S: - O quê?
G: Não estão ca...Ca, caíram...

Nisto, na S. Gabriel, Vasco da Gama sentia uma vontade indómita de caçar as velas e gritar Orça! Orça! Arriba! Arriba!
Mas conteve-se. Os homens não iriam compreender...

Decidiu antes cantar um Fado...



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