A classificação das Nuvens

Após o liceu e as aulas de geografia, só me concentrei nas nuvens na já longíncua URI.
Aí, tive um professor de meteorologia extraordinário que nos mostrava, sempre, diapositivos sobre a matéria em estudo. Este senhor conhecia muito bem a Antártida, pois fazia parte de uma equipa que ciclicamente se deslocava áquele continente para observar um líquene muito raro que ele tinha descoberto e que sobrevivia em condições extremas ostentando, os mais famosos, idades que chegavam aos milhares de anos, embora a espécie fosse quase tão antiga como a própria vida. Eram umas viagens fabulosas e a nós chegavam as nuvens da Antártida através das fotografias do professor, inesquecíveis cúmulos, nimbos, cirros, estratos, sobre glaciares, sobre icebergs, voando sobre as nuvens em céus de um azul profundo.
O professor envolvía-nos com as imagens e com um continente quase proibido para todos nós, mas ficou sobretudo aquela planta minúscula e insignificante que movimentava tantos recursos para se chegar até ela, porque reunia segredos inacreditáveis sobre possibilidade de vida noutros locais do universo, e sobre a própria origem e evolução da vida na Terra.
O curioso é que entre uma espécie de vegetal/fóssil agarradíssima a uma rocha e as núvens nada haverá em comum, a não ser o facto do líquene aumentar e diminuir de tamanho (décimos de milímetro) e coloração de estação para estação, conforme a radiação solar e a regularidade com que certos tipos de nuvens se formavam ou não, protegendo-a das radiações do Sol. Daí a importância das nuvens...

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