O Filho do Sr. Lopes

A minha proximidade ao PSD.

Normalmente, não utilizo este espaço público para dizer o que penso da distante política do país, prefiro escrever sobre o que nos está próximo. Portanto, ao ficarmos expectantes primeiro e deslumbrados depois, com a possibilidade em 2009, do Primeiro Ministro de Portugal poder vir a ser um Ovarense, mesmo de Ovar, o que nas palavras do prof. Marcelo “ é pouco provável mas pode acontecer”, um turbilhão de imagens e referências me vêm à memória.
Recordo o belíssimo edifício do Liceu de Ovar, obra da família Menezes, (hoje fatalmente alterado), os campeonatos de ping-pong no velho edifício do Orfeon, a loja de tecidos do sr. Lopes, e os adjectivos “sulistas, elitistas e liberais” proferidos em célebre congresso.
Ainda, mais recentemente e em sede de conversas urbanísticas, as passereles das marginais de Gaia e a despoluição das linhas de água daquele Concelho, um mesmo processo de recuperação da paisagem e do ecosistema, em sede de debate no lançamento da candidatura de Lurdes Breu ( a minha professora da primária e muito amiga da família) à Câmara de Ovar.

Coisas do passado, mas ainda bem que temos memória e referências, múltiplas e variadas.

Naturalmente portanto imaginamos a possibilidade de uma proximidade umbilical ao Sr. Primeiro Ministro e logo a desejada benesse para o Concelho, (o que não é muito politicamente correcto, mas incontornável) e então aí sim, com uma câmara PSD e Luis Filipe Menezes como Primeiro Ministro…qual desemprego, qual imobilismo, qual quê ?
Desde logo se vê que com esta conjugação de factores as próximas eleições autárquicas em Ovar, serão deveras interessantes, iremos ser mais mediáticos, mais exigentes, mais stress para quem estiver na ribalta das candidaturas.
O PS que se acautele.

Sobre a questão do país diria que Filipe Menezes vai surpreender, como já surpreendeu. Eu tinha e tenho simpatia pelo Dr. Marques Mendes, isto é pela tentativa de mudar o panorama politico-partidário, pela vontade de limpar uma certa promisquidade entre interesses instalados no PSD que dependiam ( e dependem) de bons relacionamentos com o PS. Por isso muitos senhores se colaram ao lado de Menezes, e Menezes sabe.
Agora que ganhou, vamos lá a ver o que faz com o património imenso de expectantes militantes que nele votaram e que não se encontram em posição de ocupar esses cargos ditos próximos do poder.
Para já Menezes convidou Mário Soares e Vera Jardim a comentarem a entrada da PSP num sindicato da Covilhã, pois que comentem sim senhor. Um caso destes com o PSD no governo , caía o Carmo e a Trindade.

Por falar em Mário Soares e nas lutas e golpadas dentro do PS nos idos tempos de Salgado Zenha e companhia, como se pode agora, num processo de luta interna pelo poder através de eleições directas, ( então não é este método o mais democrático?) falar em catástrofe e desgraça? Como diz Jorge Coelho repetidamente “ em política a memória é muito curta…”

E poderia divagar sobre os tempos de consolidação deste novo lider político, de como deve em meu entender parar o TGV e trazer a Ria de Aveiro para a ribalta, e de como se deve rodear de gente que não dependa dos aparelhos demasiados sôfregos de relacionamentos com o poder económico, que é deveras quem coloca o tom e o ritmo da contestação ao governo de José Sócrates... Será?

Comentários

Shakta disse…
http://www.simondale.net/house/index.htm
O site das tais casas faladas ontem.

paulo nunes

abraço